Manhã no mercado: Decisão do Copom concentra as atenções em dia de feriado nos EUA | Finanças

O foco dos participantes do mercado estará, sobretudo, no voto dos diretores Gabriel Galípolo (política monetária) e Paulo Picchetti (assuntos internacionais). No período entre as reuniões do Copom de maio e de junho, os dois dirigentes mostraram um comportamento alinhado ao do presidente do BC, Roberto Campos Neto, e de outros diretores indicados por governos anteriores. Nesse sentido, boa parte dos agentes espera uma votação unânime pela manutenção da Selic em 10,5%.

No entanto, a disputa pela presidência do BC pode embaralhar o jogo. Até o início da semana, o nome de Galípolo era o favorito para o comando do BC. No entanto, após as críticas de Lula e a indicação do presidente de que deseja alguém “maduro” e “calejado” e que não seja suscetível às pressões do mercado financeiro, outros nomes voltaram à bolsa de apostas dos agentes. Em conversas com participantes do mercado, o Valor apurou que vários nomes passaram a ser especulados pelos agentes, como o do ex-diretor do BC Luiz Awazu; o do presidente do BNDES, Aloizio Mercadante; e o do ex-ministro Guido Mantega.

Com a liquidez reduzida no exterior, a apreensão antes da decisão do Copom deve guiar os mercados locais, que podem continuar a exibir um desempenho pior que o de outros mercados emergentes, a exemplo da sessão de ontem. Sem o referencial dos mercados americanos, porém, é possível que as oscilações dos ativos locais sejam mais contidas nesta quarta-feira.